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O QUE É E COMO CONSTRUIR UM MAPA SÍNTESE

A elaboração de um mapa temático começa com a seleção do tema, ou seja, a realidade a ser representada a qual será avaliada a partir de informações existentes ou a serem produzidas. Um mapa síntese não é simplesmente superposição de elementos cartográficos, mas a fusão de tais elementos em tipos ou umidades taxonômicas. O mapa resultante deverá colocar em evidência os grupamentos de lugares ou unidades espaciais, de acordo com um conjunto de variáveis tomadas em consideração. De qualquer modo, para se chegar a um Mapa Síntese, informações existentes no banco de dados devem ser recuperadas, podendo estar armazenadas em diferentes formatos.

Como um mapa representa três dimensões, os eixos ortogonais X e Y e a altura (eixo Z), os símbolos e as cores, são classificados em duas ordens: Planimétrica e Altimétrica, compreendendo:

Planialtimetria: Hidrografia, Aspectos do Solo, Vegetação, Unidades Políticas e Administrativas, Cidades, Sistema Viário, etc.

Altimetria: Curvas de Nível, (Equidistância, Interpolação, e Cores Hipsométricas), que podem gerar modelos tridimensionais no terreno.

As informações contida em um mapa, representando agrupamentos ou unidades espaciais, podem ser classificadas como:

a) Representações qualitativas
Embora genérica, leva em conta a diversidade entre objetos, os quais se diferenciam pela natureza, tipo, forma, etc.

b) Representações ordenadas
Neste caso a relação entre objetos é de ordem, definindo hierarquia e classificação. Ex: Uso de cores, ou gradação de uma mesma cor para indicar altitudes do relevo de uma área.

c) Representações quantitativas
São utilizadas para indicar relação de proporcionalidade entre dois ou mais objetos. Ex: Na representação de uma estrada, a espessura do traço é proporcional às dimensões da mesma.

d) Representações dinâmicas
O dinamismo é representado por variações no tempo ou no espaço, a partir de mapas representando uma situação estática.

A Cartografia Digital envolve a seguinte conceituação:

a) Dados
São fatos registrados. No caso de dados geográficos referem-se a locais, sobre ou próximo à superfície terrestre.

b) Armazenamento de Dados
Os dados podem ser armazenados no formato vetorial: cada ponto tem uma magnitude e direção; formato raster: usa quadrícula devidamente orientada representando parte do evento.

c) Plano de Informação
Também chamado de layer (ou Plano de Informação) de um mapa, é praticamente um mapa convencional, indicando a natureza, a forma, a posição relativa e o tamanho de determinados acidentes geográficos de uma área. Geralmente cada layer representa uma feição do mapa. Ex: 1º Layer: Base Cartográfica (Limites, Coordenadas Geográficas e UTM, Curvas de Nível ); 2º Layer: Cidades, Sistema Viário, Sistemas de Energia e de Transmissão de Dados); 3º Layer: Rios, Açudes; 4º Layer: Geologia, etc.

d) Resolução
Representa uma relação entre uma distância no terreno e uma distância no mapa. Embora se assemelhe à definição tradicional de escala, o fato de o mapa digital poder ter qualquer tamanho, faz com que conceituamente seja diferente. É comum, no entanto, representar graficamente a escala no mapa digital, já que a proporção será sempre a mesma, independentemente do fator de redução/ampliação.

e) Georreferenciamento
Para que os planos informações (layers), ao serem articulados, representem o mesmo acidente geográfico, devem ser relacionados entre si a partir de pontos de controle no terreno, comuns a todos eles.

Vale a pena enfatizar que a interatividade é fundamentação na produção cartográfica.

A sequência começa com os contornos, para dar início ao processo cognitivo. O conhecimento cartográfico significa a transformação do material de estudo em lista de regras, procedimentos e textos explicativos. As ações dos usuários podem ser implementadas utilizando-se de palavras-chave conectadas a texto, tipo de visualização (cartogramas, diagramas, etc), por tema (solos, uso da terra, etc) ou por técnica cartográfica (projeção, generalização, etc).

A quantidade e a qualidade das informações obtidas por um usuário dependem da percepção visual dos símbolos (função da cor, forma, tamanho, orientação, etc), experiência do usuário, idade e nível cultural, habilidade imaginativa e outros fatores (interesse, temperamento, etc).

O conteúdo do Atlas Ambiental da Bacia do Rio Corumbataí, juntamente com os recursos computacionais disponíveis no Módulo Servidor, permitem que os usuários possam elaborar mapas-síntese com diferentes objetivos.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

TOMLIM, C. D. Geographic Information Systems and Cartographic Modeling. London: Prentice-Hall, 1990.

MARTINELLI, M. Curso de Cartografia Temática. São Paulo: Contexto, 1991.

DUARTE, P. A. Cartografia Temática. Florianópolis: Ed. UFSC, 1991.

ARLINGTON, S. L. Practical Handbook of Digital Mapping - Terms and Concepts. London: CRCPress, 1994.

 

Desenvolvimento: Centro de Análise e Planejamento Ambiental- CEAPLA/IGCE/UNESP

Apoio: FAPESPFundação de Amparo à Pesquisa