Mão-pelada (Procyon cancrivorus)
Mede aproximadamente 90 a 110 cm, da cabeça à cauda e pesa cerca de 7 a 8 kg. Apresenta uma coloração geral de cinza-escuro, com tons amarelados. A cabeça é curta com orelhas pequenas e os olhos são escuros e arredondados. Apresenta uma máscara preta no rosto, que desce dos olhos a base da mandíbula, através da qual é facilmente identificado. Apresenta também vários anéis escuros na cauda e na altura dos membros posteriores. As mãos são desprovidas de pêlos, o que originou o seu no me popular. Tem hábitos noturnos e mora nas matas, mas sempre próximo aos cursos d’água banhados e lagoas. Durante o dia, geralmente, fica escondido em ocos de árvores, tocas ou sob as raízes das grandes árvores. Apresenta um regime alimentar variado, dando preferência a peixes e organismos aquáticos (tem predileção por caranguejos), procurando-os com as mãos no lodo ou no fundo das águas rasas. Coem também pequenas caças e vegetais, apreciando muito a cana-de-açúcar, a qual chupa, mordendo-a com os dentes afiados. Na hora de comer, segura os alimentos com as mãos, apoiando-se nos membros posteriores. A fêmea pode dar à luz de dois a quatro filhotes, ficando os mesmo sob a sua proteção, até atingirem a maturidade. Essa espécie é muito comum na área e o seu rastro é frequentemente visto junto aos córregos, rios e nas margens dos tanques e açudes, aonde vai, à noite, à procura de peixes e aves domésticas. Suas pegadas são facilmente reconhecidas pelo tamanho e pela marca inconfundível do pé (três dedos bem separados). Como atacam também as aves domésticas e os galinheiros, são considerados nocivos. Quando perseguidos pelos cachorros, conseguem trepar com facilidade nas árvores e nas ramagens, onde se refugiam.
