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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação ambiental (EA)  objetiva  disseminar o conhecimento sobre o ambiente natural, com o propósito de concientizar a sociedade sobre a importância de preservar e de utilizar de modo sustentável os recursos naturais de uma área.  É uma metodologia de trabalho que surgiu diante do crescente interesse desta mesma sociedade com os assuntos relacionados à poluição, degradação e desatres ambientais.

A EA tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.

A EA procura despertar em todos, a noção de que o ser humano é parte do meio ambiente, por isso mesmo tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem imaginasse ser o centro do todo, esquecendo-se da importância da natureza, da qual é parte integrante.

A EA é uma ação educativa permanente, onde a comunidade é concientizada das interrelações entre as ações da sociedade de consumo na exploração e processamento dos recursos naturais e os problemas decorrentes de tais relações. É um processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade."  Trata-se portanto, de um processo pedagógico participativo permanente, que procura incutir  uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, de modo que a sociedade possa entender as relações de causa-efeito, a evolução de problemas ambientais, as ações preventivas e de remediação e da necessidade de monitoramento permanente sobre as ações antrópica.

A EA é subdividida em formal e informal:

Forma:l É um processo institucionalizado que ocorre nas unidades de ensino; 

Informal: Caracteriza-se por atividades fora da escola, envolvendo flexibilidade de métodos e de conteúdos e um público alvo muito variável em suas características (faixa etária, nível de escolaridade, nível de conhecimento da problemática ambiental, etc.).

Estratégias de Ensino

A EA para  ser efetiva deve promover simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o espaço  urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola, expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o continente e o planeta.
A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e professor.

 ESTRATÉGIA

 OCASIÃO PARA USO

VANTAGENS E DESVANTAGENS

 Discussão em  classe  (grande  grupo)

 Os estudantes  expõem suas opiniões  oralmente  a respeito  de  determinado problema.

 Auxilia o estudante a  compreender as  questões.
 Desenvolve  autoconfiança  e    expressão oral.
 Podem aparecer conflitos entre  alunos na  discussão.

 Discussão em grupo  (pequenos  grupos com  supervisor-professor)

 Assuntos  polêmicos e atuais  são  tratados.

 Estímulo ao  desenvolvimento  de  relações positivas entre  alunos e professores.

 Mutirão de idéias: Atividades que  envolvam pequenos grupos, 5 - 10  estudantes para apresentar soluções  possíveis para um dado  problema,  todas as sugestões são  anotadas, dentro de um limite de tempo.

 Deve ser usado como recurso para  encorajar e estimular idéias  dirigidas  à solução de um determinado problema.  O tempo deve ser  utilizado para  produzir as idéias e  não para  avaliá-las.

 É um estímulo à criatividade e liberdade de expressão.
 Há uma certa dificuldade em evitar  avaliações e/ou  ou  julgamentos  prematuros e em  obter  idéias originais.

 Trabalho em grupo: Envolve a  participação de grupos de 4 - 8  membros que se tornam  responsáveis  pela execução de  uma  tarefa.

 Utilizado quando se necessita executar  várias  tarefas ao mesmo tempo.

 Permite que os alunos  se  responsabilizem por  uma  tarefa por períodos mais longos (2  a 5  semanas) e exercitem  a  capacidade de  organização.
 Necessidade de  monitoramento de  modo  a evitar que o trabalho  envolva apenas  alguns  membros do  grupo.

 Debate: Requer a participação de  dois  grupos para apresentar idéias e  argumentos de pontos de vista  opostos.

 UtilizADO quando assuntos controvertidos  estão sendo discutidos e existam  propostas diferentes de soluções.

 Permite exercitar as  habilidades de falar em  público e ordenar a apresentação de fatos  e  idéias.
 Requer tempo considerável de execução

 Questionário: Desenvolvimento de  um  conjunto de questões ordenadas  a ser  submetido a um público específico.

 Usado para obter informações e/ou  amostragem de opinião das  pessoas  em relação ao problema analisado. 

  Bons resultados de aplicado de forma  adequada.
 Demanda e  experiência para  produzir  um  conjunto  coerente  de  questões  que expressem as  informações exigidas.

 Reflexão: O oposto do mutirão de  idéias. É fixado um tempo para que os  estudantes pensem a respeito de um determinado problema.

 Usado para estimularar o  desenvolvimento de idéias em  resposta a um problema, dentro de um determinado tempo.

 Envolvimento de todos os participantes.
 A avaliação é indireta.

 Imitação: Estimula os estudantes a  dar própria versão, a partir que foi comentados nos jornais,  programas de rádio e televisão.

 Os estudantes podem escolher um  tema  de sua escolha e levá-  lo para discussão em outros grupos. Dependendo  do assunto , podem ser  distribuídos na escola, aos pais e à  comunidade.

 Forma efetiva de  aprendizagem e ação  social.

 Projeto: os alunos,  supervisionados,  planejam,  executam, avaliam e  redirecionam  um projeto sobre um  determinado tema.

 Realização de tarefas com objetivos  a serem alcançados a longo prazo,  com envolvimento da comunidade.

 Os interessados executam o próprio  trabalho,  assim como  podem  diagnosticar  falhas nos  mesmos.

 Exploração do ambiente local: Considera  a utilização/exploração dos  recursos  próximos, para  estudos,  observações, caminhadas  etc.

 Compreensão das situações locais ( processos  ambientais), à sua volta.

 Tarefas executadas de forma amigável, com expressiva participação de  pessoas envolvidas.
 Vivência de situações  concretas.
 Necessita de planejamento  detalhado.

Noções Básicas em Educação Ambiental

Sistemas de vida

Há três níveis ou sistemas distintos de existência: 

Físico: planeta físico, atmosfera, hidrosfera (águas) e litosfera (rochas e solos), que seguem as leis da física e da química;

Biológico: a biosfera com todas as espécies da vida, que obedecem as leis da física, química, biologia e ecologia; 

Social: o mundo das máquinas e construções criadas pelo homem, governos e economias, artes, religiões e culturas, que seguem leis da física, da química, da biologia, da ecologia e também leis criadas pelo homem.  

Ciclos

O material necessário para a vida (água, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.) passa através de ciclos biogeoquímicos que mantêm a sua pureza e a sua disponibilidade para os seres vivos. Nos ecossistemas, os organismos e o ambiente interagem promovendo trocas de materiais e energia através das cadeias alimentares e ciclos biogeoquímicos.

Crescimento Populacional e Capacidade de Suporte

A capacidade de suporte para a vida humana e para a sociedade é complexa, dinâmica e variada de acordo com a forma segundo a qual o homem maneja os seus recursos ambientais. Ela é definida pelo seu fator mais limitante e pode ser melhorada ou degradada pelas atividades humanas. 

Desenvolvimento Socialmente Sustentável

A chave para o desenvolvimento é a participação, a organização, a educação e o fortalecimento das pessoas. O desenvolvimento sustentado não é centrado na produção, e sim nas pessoas. Deve ser apropriado não só aos recursos e ao meio ambiente, mas também à cultura, história e sistemas sociais do local onde ele ocorre.

Ações Diretas para e Prática da Educação Ambiental

Visitas:  Museus, Parques Ecológicos, Zoológicos, etc.
Passeios em trilhas ecológicas/desenhos
Parcerias com Secretarias de Educação de Municípios e industrias locais 
Ecoturismo
Publicações periódicas: abordagem de assuntos relativos aos recursos naturais da região e às atividades da área de ambiência da empresa.
Educação ambiental para funcionários
Atividades com a comunidade e campanhas de conscientização ambiental
Programas de orientação ambiental

FONTE:

UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura)

UNEP – United Nations Environment Programme ( Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) 

 

Desenvolvimento: Centro de Análise e Planejamento Ambiental- CEAPLA/IGCE/UNESP

Apoio: FAPESPFundação de Amparo à Pesquisa