DIVERSIDADE DE ANFÍBIOS ANUROS

DO ESTADO DE SÃO PAULO

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Metodologia


 

       

A metodologia geral de trabalho consistirá de atividades de campo para o levantamento das espécies nas diferentes localidades de estudo. A maior parte das excursões de campo será realizada durante a estação chuvosa (setembro a março), quando a maioria das espécies está ativa. Para as localidades visitadas com regularidade será feita uma visita por mês na estação chuvosa e visitas bimestrais na estação seca.

 

A identificação das espécies será feita auditivamente. Quando houver dúvida acerca da identificação auditiva, espécimes serão visualizados e identificados. Se mesmo após a visualização restarem dúvidas, espécimes serão coletados e levados para o laboratório para a identificação. As coletas de espécimes serão manuais e geralmente com o auxílio de lenternas, visto que a maioria das espécies é noturna. Eventualmente usaremos armadilhas de interceptação e queda (“pitfall” com “drift-fences”; veja Heyer, et al., 1994), em locais onde os trabalhos de campo estejam sendo desenvolvidos de forma regular e intensiva. Estas armadilhas facilitam a captura de espécies criptobióticas de chão de mata. Este método consiste na colocação de baldes plásticos enterrados até a linha do solo, sendo que de cada balde partem lonas plásticas parcialmente enterradas no solo, podendo ser colocadas em linha reta (dois anteparos de lona) ou  na forma de cruz (com quatro anteparos de lona), dependendo da topografia local onde serão colocadas as armadilhas.

 

No laboratório os espécimes coletados serão fixados em formol 10% e mantidos em álcool 70% em coleção científica. Os espécimes preservados serão então comparados com descrições da literatura, bem como com exemplares bem identificados de espécies afins, preferencialmente coletados em localidades-tipo, como meio de se conseguir a identificação mais precisa possível. As coordenadas geográficas de ocorrências das espécies serão determinadas pelo sistema de georreferenciamento (GPS).

 

Sempre que necessário, serão feitas gravações das vocalizações dos machos em fita magnética, que poderá ser usada na identificação em laboratório, através da comparação de coaxos ou de análises espectrográficas dos sons. As gravações serão arquivadas em coleção de vocalizações, compondo um banco de dados sonoros da anurofauna de São Paulo. Serão feitas fotografias em diapositivos de exemplares vivos das diferentes espécies, permitindo a criação de um arquivo visual onde será possível consultar detalhes de coloração em vida dos indivíduos. Tal procedimento também ajudará na identificação de espécies problemáticas do ponto de vista taxonômico.

 

Em determinadas circunstâncias, poderemos lançar mão de análises osteológicas para permitir identificações mais seguras. Neste caso, exemplares serão diafanizados e coloridos com azul de alcian e alizarina para permitir estudos esqueléticos (Taylor & Van Dyke, 1985). Para quantificações de caracteres osteológicos variáveis e polimórficos, pretendemos radiografar exemplares vivos ou de coleção. Com a radiografia é possível examinar os ossos sem danificar os exemplares, o que não é possível com o método de diafanização. Em caso de necessidade (por exemplo, espécies raras), exemplares poderão ser radiografados vivos e devolvidos ao ambiente.

 

Análises citogenéticas e de seqüências de DNA também poderão ser empregadas em determinados casos, para auxiliar a identificação de algumas espécies. Pretendemos criar um banco de tecidos das espécies de anuros de São Paulo. Tal procedimento justifica-se como forma de potencializar projetos futuros que necessitem da análise de DNA. Na medida que estaremos coletando espécimes para identificação e cariótipo, realizaremos um esforço adicional para retirar amostras de tecido, que serão mantidas em etanol puro, a temperatura de –80oC.

 

Neste momento já temos definidos alguns municípios ou locais a serem visitados, que são apresentados a seguir.

 

(1)   Municípios ou locais onde serão realizados trabalhos regulares e intensivos: Ilhabela; Ilha Queimada Grande; Ilha de Alcatrazes; Ubatuba; Ribeirão Branco; Sete Barras; Campinas; Rio Claro; Itirapina; Nova Itapirema; Icém; Santa Fé do Sul; Santo Antônio do Pinhal.

 

(2)   Municípios ou locais onde serão realizadas visitas esporádicas e rápidas: Campos do Jordão; Pindamonhangaba, Monteiro Lobato; Cruzeiro; Queluz; Taubaté; Franca; Teodoro Sampaio; Presidente Venceslau; Bauru; Lins; Silveiras; Guaíra.

 

Durante o transcorrer do projeto, novas localidades poderão ser incluídas e eventualmente haverá substituição de uma localidade por outra, desde que seja necessário.

           

As metodologias específicas dos três subprojetos são apresentadas mais adiante.

 

introdução

justificativa

perspectivas

objetivos

metodologia

relações

bibliografia