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Função dos Polarizadores:

Toda vez que uma substância isotrópica é colocada entre dois polarizadores cruzados, não haverá passagem de luz para o observador. Isto é facilmente observado ao microscópio petrográfico, quando cruzamos os nicóis sem haver nenhum mineral na platina. Como o ar é uma substância isotrópica, a luz proveniente do polarizador chega direta ao analisador, sem sofrer desvio. Como sua direção de polarização é perpendicular ao do analisador, esta será totalmente absorvida por ele, sem haver nenhuma transmissão de luz.

Entretanto, quando uma substância anisotrópica é disposta na platina do microscópio, a luz sofrerá o chamado "fenômeno da dupla refração". Para ilustrar a descrição, tomemos como exemplo a figura abaixo. O raio de luz que parte do polarizador vibrando em uma única direção, N-S (poderia ser E-W), ao , ao atingir a superfície do mineral, é desmembrado em dois outros raios designados por r1 e r2. Como estes dois raios de luz vibram em planos perpendiculares entre si (são ortogonais), eles são chamados de incongruentes, ou seja, não interferem entre si para gerarem um único raio de luz.

Porém, ao atingirem o analisador, eles passam a vibrar em um único plano e então, interferem-se mutuamente, gerando uma onda resultante, paralela a direção de vibração do analisador, que agora transmite luz ao observador

P-P= direção de vibração do polarizador, A-A= direção de vibração do analisador, r1 e r2 são os dois raios que surgem devido ao fenômeno da dupla refração. No destaque, a obtenção do raio resultante da soma vetorial dos raios r1 e r2 segundo a direção do analisador e conseqüente transmissão da luz através dele (analisador).

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