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Polarização por dupla refração:

Uma forma de se obter luz polarizada é através da dupla refração. Um raio de luz ao atravessar um meio anisotrópico se refrata desdobrando-se em dois raios que vibram em planos perpendiculares entre si denominados: extraordinário ("E") e ordinário("O"). A calcita exibe este fenômeno de maneira notável, uma vez que ne = 1,486 e nw = 1,658. Assim, um cristal de calcita é cortado convenientemente em duas partes, que são coladas entre si por bálsamo do Canadá (n=1,537). A esta montagem, dá-se o nome de Prisma de Nicol.

Quando um o raio de luz natural incide na a face do prisma, este se desdobra em dois outros denominados: extraordinário (E) e ordinário (O) que possuem direções de vibração ortogonais.

O raio ordinário (O), se propaga no cristal de calcita regido pelo seu índice de refração nw . Ao atingir o Bálsamo do Canadá, com um ângulo de incidência maior do que aquele denominado "ângulo crítico" (pois nb > nw ), se observará o fenômeno da reflexão total, e o raio ordinário será então absorvido pela parede emagrecida do prisma, conforme mostra a figura acima. O raio extraordinário (E), atravessa o cristal de calcita comandado pelo índice de refração ne , que é próximo aquele do bálsamo do Canadá e nunca sofrerá o fenômeno da reflexão total (pois ne < nb) e sempre será refratado atravessando a camada de bálsamo sem sofrer desvio apreciável. Com isso, se obtém luz polarizada que pode ser usada de forma rotineira em microscopia. Porém, devido aos elevados custos de construção destes prismas, atulamenete os microscópios empregam polarizadores constituídos por substâncias orgânicas designadas por placas polaróides, fornecendo luz polarizada através da absorção seletiva da luz.

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