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Minerais Anisotrópicos:

Os minerais anisotrópicos são aqueles que apresentam mais do que um índice de refração nas diferentes direções de propagação da luz no seu interior, e assim, suas indicatrizes são representadas por elipsóides de revolução de dois ou três eixos, onde cada um deles (também chamados de raios vetores) representa um índice de refração.

Toda vez que um raio de luz incide sobre a superfície de um mineral anisotrópico transparente este sofre o chamado "fenômeno da dupla refração", ou seja, ao se refratar são produzidos dois raios de luz distintos, que vibram em planos perpendiculares entre si e se propagam no interior do mineral.

Raio de luz não polarizado que incide num cristal de calcita e sofre o fenômeno da dupla refração. O raio ordinário (O) vibra perpendicularmente ao plano de incidência e é aquele que não sofre desvio ao atravessar o mineral, ao contrário do extraordinário (E), cuja direção de vibração é perpendicular àquele plano.

Via de regra os raios refratados produzidos por este fenômeno são chamados de ordinário "O" e extraordinário "E" sendo que o ordinário segue a lei de Snell para a refração (no caso r = 0), enquanto o extraordinário não (uma vez que r¹ 0). A direção de polarização (ou vibração) do raio extraordinário está contida no plano de incidência (que também contém o eixo cristalográfico "c" do mineral) enquanto que a do ordinário é perpendicular a ele, como mostra a figura acima.

Os minerais anisotrópicos são divididos em dois grandes grupos denominados:

Uniaxiais: com dois índices de refração principais que compreendem os minerais que se cristalizam nos sistemas trigonal, tetragonal e hexagonal e,

Biaxiais: com três índices de refração principais e compreendem os minerais que se cristalizam nos sistemas ortorrômbico, monoclínico e triclínico.

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