"Conforme o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) existem cerca de 100 milhões de 

pneus velhos espalhados pelo país. Alguns pneus importados vendidos no Brasil são usados 

e vêm dos Estados Unidos e Europa. A vida útil desses produtos é três vezes menor que 

a de um pneu novo. O pneu não polui, mas demora décadas para se decompor e, 

jogado em qualquer lugar acumula água e favorece a propagação de doenças 

como a dengue. Quando queimado, o pneu libera óxido de enxofre, 

responsável pela chuva ácida."

(Os Caminhos da Terra, junho 1999)

Segundo Heitzmann Jr. (1999), "a grande maioria das cidades e dos municípios brasileiros possui uma coleta regular de lixo doméstico, mas não necessariamente uma correta disposição final de seus resíduos".

Ainda segundo o autor citado, somente 18% de todos os municípios realizam técnicas de manejo do lixo, pela incineração, reciclagem e deposição segura em aterros sanitários. Os outros 82 % depositam seus resíduos em locais irregulares, denominados de lixões.

A figura a seguir apresenta a porcentagem de municípios que fazem a destinação final dos resíduos de forma adequada ou não, segundo Relatório do Banco Mundial para a América Latina, realizado em 1990 (Proin/Capes & Unesp/ICGE, 1999).

Destaca-se nessa figura a porcentagem de municípios que realizam a destinação final de seus resíduos de forma adequada na região norte (21,5%) e da região sul (23,4%), e inadequada na região nordeste (99%). Mesmo assim, em 1990 o quadro brasileiro sobre a disposição de resíduos é vergonhoso, e demonstra o descaso das autoridades, do poder público e da sociedade com esse problema ambiental que causa tantos prejuízos à qualidade de vida.

Atualmente, o quadro deve ter melhorado, principalmente devido ao estabelecimento de uma legislação mais severa a respeito de resíduos e à fiscalização por órgãos ambientais públicos, como é o caso da Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), no Estado de São Paulo.

A seguir veremos mais informações sobre a destinação de resíduos sólidos no Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS