PESQUISAS EM CURSO

                                   

 

                       

 

                               

 

   COLABORADORES

 Todos os trabalhos descritos abaixo contam com a participação de um grande número de colaboradores. Em alguns casos, estes colaboradores constituem-se, de fato, no pesquisador principal do trabalho em questão. Uma visita a homepages deles é, portanto, fortemente recomendada.

   
Depto. Zoologia, UNESP, Rio Claro, SP: Outras Instituições: 

Dr. Augusto S. Abe: principal colaborador nos estudos mencionados abaixo.

Dr. Wilfried Klein, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA.

Dr. Carlos A. Navas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Dr. José E. Carvalho, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.

Dr. Tobias Wang, University of Aarhus, Dinamarca.

Dr. E. W. Taylor, University of Birmingham, Inglaterra.

Dr. William K. Milsom, University of British Columbia, Canadá.

Dr. Glenn Tattersal, University of Brock, Canadá.

Dr. Donald C. Jackson, University of Brown, EUA.

Dr. Steven F. Perry, University of Bonn, Alemanha.

Dr. J. Mathias Starck, University of Munich, Alemanha.

Estudantes:  Adriana Fuga, Mariana A. de Micheli, Rafael Bovo.

 

 

  APOIO:

 Todas os estudos descritos abaixo contam com o suporte financeiro das seguintes instituições de amparo a pesquisa:

   

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CONSEQÜÊNCIAS FISIOLÓGICAS DA ALIMENTAÇÃO EM VERTEBRADOS ECTOTÉRMICOS

 

  Atualmente nosso laboratório trabalha em diversos projetos dedicados à investigação dos ajustes fisiológicos, em especial dos ajustes cardio-respiratórios, exibidos por animais ectotérmicos em situações nas quais o metabolismo é alterado, por exemplo devido a alimentação (ver Linha de Pesquisa e a homepage do Dr. Tobias Wang)

    Um destes estudos visa documentar as alterações metabólicas e respiratórias causadas pela alimentação em cascavéis, Crotalus durissus terrificus. Para tanto e em colaboração com o Dr. Tobias Wang, estamos quantificando a troca de gases em serpentes em jejum e após a alimentação verificando os possíveis ajustes ventilatórios, circulatórios e as consequências da digestão sobre o transporte de gases e o equilíbrio ácido-base do sangue. Ademais, em colaboração com o Dr. José E. Carvalho estamos investigando os possíveis efeitos da alimentação sobre diversas enzimas relacionadas ao metabolismo intermediário de cascavéis e jacarés. Finalmente, em colaboração com o Dr. J. M. Starck, nós temos investigado as mudanças nos tamanhos dos orgãos de cascavéis, jibóias e jacarés provocadas pela alimentação, através de ultra-som e técnicas histológicas padrão

 
 

       
 

Efeitos da alimentação sobre o metabolismo, os ajustes cardio-respiratórios resultantes, alterações de atividade enzimática e mudança no tamanho dos orgãos estão sendo estudados em cascavéis (fotos: direita e centro) e jacarés (foto: esquerda) e jibóias (foto: abaixo). Fotos: D. V. Andrade

         

 

 EFEITOS DO FRACIONAMENTO DO ALIMENTO SOBRE A AÇÃO DINÂMICA ESPECÍFICA EM SERPENTES

 

Considerando que as serpentes sempre ingerem suas presas por inteiro, o tamanho de um item incluído na dieta é limitado pela capacidade de subjugação e ingestão da serpente. Uma das formas de aumentar a massa de alimento ingerido, sem que o tamanho da presa exceda a capacidade predatória da serpente, é a ingestão de múltiplos itens. Essa estratégia, embora documentada em várias serpentes, ainda não teve suas conseqüências fisiológicas e energéticas investigadas. Atualmente, Adriana Fuga, (aluna IC do nosso laboratório) investiga as características da resposta metabólica pós-prandial em jibóias alimentadas com uma presa única ou múltiplas presas menores, as quais tenham suas massas totais equivalentes.

Alimentação em jibóias: Quais as implicações fisiológicas da digestão de uma presa grande ou várias pequenas? (Foto: D. V. Andrade)

     
       

TEMPERATURA CORPÓREA EM RÉPTEIS

 

     

     Répteis são animais ectotérmicos que dependem de fontes externas de calor para manutenção da temperatura corpórea. Ajustes diversos, principalmente comportamentais, permitem com que estes animais regulem a temperatura corpórea com razoável precisão. Em geral, os répteis elevam sua temperatura corpórea até níveis que sejam compatíveis com suas atividades. Cada espécie, portanto, pode regular sua temperatura corpórea em diferentes patamares de acordo com suas características particulares e também em razão da atividade em que está engajada. A temperatura corpórea de um réptil inativo durante a noite será menor do que àquela atingida quando ativo durante o dia. Com raríssimas exceções não há dados disponíveis sobre o comportamento termorregulatório das espécies de répteis neotropicais.

     Um dos projetos atualmente em curso em nosso laboratório visa documentar o espectro de temperaturas corpóreas experimentadas por diferentes espécies de répteis neotropicais. Para tanto, animais mantidos em condições semi-naturais são implantados com "data loggers" que coletam dados de temperatura durante um ano. Ao final destes estudos pretendemos ter um perfil completo da variação diária e sazonal da temperatura corpórea destes animais. Ademais, possíveis ajustes termorregulatórios em decorrência do engajamento dos animais em diferentes atividades (e. g., alimentação, dormência, etc.), também serão investigados.

 

ANIMAIS ATUALMENTE EM ESTUDO:

Jibóias, Boa constrictor amarali e cascavéis, Crotalus durissus terrificus. Responsável: Mariana A. Micheli (bolsista IC).

Teiús, Tupinambis merianae. Responsável: Elis R. Ribas (Pós-graduação, Mestrado: orientação Dr. A.S. Abe).

Sucuris, Eunectes murinus. Responsável: Rafael Bovo (bolsista IC).

 

Implante de "data logger" em  cascavel. Foto: D. V. Andrade.
 

Registro da temperatura corpórea do teiú durante um ano completo. Direitos reservados: D. V. Andrade.

 

 

 

METABOLISMO E FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA: AJUSTES SAZONAIS NO LAGARTO TEIÚ, Tupinambis merianae

Em colaboração com o Prof. William K. Milsom estamos monitorando a temperatura corpórea e várias outras variáveis fisiológicas de um grupo de teiús através de radio-telemetria. Collin Sanders, aluno de doutorado do Prof. Milsom, é o responsável por este projeto. Os animais são mantidos em baias ao ar livre, em condições semi-naturais e, ao final do experimento, pretendemos ter uma descrição detalhada das alterações metabólicas, respiratórias e da temperatura corpórea do lagarto teiú ao longo das estações. (Visite a homepage do Dr. W. K. Milsom).

Tupinambis merianae. Foto: D. V. Andrade

   

O PAPEL DO SEPTO PÓS-HEPÁTICO NA DIGESTÃO DO TEIÚ, Tupinambis merianae.

   

 Lagartos teiús, Tupinambis merianae, possuem um septo que divide a cavidade corpórea em duas partes separando os pulmões, coração e fígado do restante das vísceras. É possível que este septo aumente a eficiência da respiração dando suporte ao aumento metabólico experimentado pelos teiús durante a digestão do alimento. Em colaboração com o Dr. Wilfried Klein e Dr. Steven F. Perry, nós temos investigado esta questão em nosso laboratório. Os dados parecem indicar que este septo não afeta significativamente a digestão destes animais. (visite a homepage do Dr. W. Klein e do Dr. Steve F. Perry).  

 
Um teiú, Tupinambis merianae forrageando a procura de alimento. Foto de: D. V. Andrade

 

VARIAÇÃO INDIVIDUAL E HERDABILIDADE DE ATRIBUTOS FISIOLÓGICOS NO TEIÚ, Tupinambis merianae.

   

  A seleção natural ocorre sobre o indivíduo e, portanto, a variação individual de um atributo qualquer é a matéria prima sobre a qual a evolução pode ocorrer. Atualmente, em colaboração com o Dr. Carlos A. Navas, nós temos investigado a extensão da variação individual em várias atributos do teiú, os quais, pressupomos, afetem a aptidão destes animais. Ademais, para que uma determinada característica possa evoluir é imprescindível que esta característica tenha uma base genética que passe de geração para geração. Também em colaboração com o Dr. Navas, nós temos investigado essa questão utilizando o teiú como animal modelo.  (Visite a homepage do Dr. C. A. Navas).  

 
  Filhote de teiú com alguns momentos de vida. Suas características diferem individualmente? São elas determinadas geneticamente? Em que extensão?. Foto de: D. V. Andrade

 

REPRODUÇÃO EM COBRAS-CEGAS

     Cobras-cegas, Amphisbaenidae, são animais fossórios e de hábitos muito discretos, o que dificulta sobremaneira sua observação na natureza. Assim, não é de se surpreender que a biologia destes animais seja pobremente conhecida. Em especial, a biologia reprodutiva da maioria das espécies de anfisbenídeos é quase que inteiramente desconhecida. Baseado em observações de animais mantidos em cativeiro e no exame de animais depositados em museus, pretendemos coletar e divulgar dados relativos a reprodução de 4 espécies de anfisbenídeos neotropicais: Amphisbaena alba, A. mertensi, Cercolophia robertii e Leposternon infraorbitale.

   

     Desova de Amphisbaena mertensi. (Andrade & Abe)

      Foto: D. V. Andrade