MOTRIZ - Revista de Educação Física - UNESP

Volume 5, Número 1, junho/1999

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/revista.htm


SUMÁRIO

MENSAGENS

Mensagem da Direção do Instituto de Biociências........................................................................................................................................................ 01

Prof. Dr. Osvaldo Aulino da Silva

 

Mensagem do Presidente do VII Simpósio Paulista  e I Congresso Internacional............................................................................................... 02

Prof. Dr. Mauro Gonçalves

 

AGRADECIMENTOS........................................................................................................................................................................................................ 03

COMISSÕES........................................................................................................................................................................................................................... 04

PROGRAMA......................................................................................................................................................................................................................... 05

 

SESSÃO TEMÁTICA:

Cultura Corporal Alternativa

Corpo civilizado, Corpo Reencantado: O moderno e o Alternativo nas representações do corpo................................................................. 07

Leila Marrasch Basto de Albuquerque

 

As encruzilhadas do corpo.................................................................................................................................................................................................. 09

Paulo Henrique Martins.

 

As Iogas como Cultura Alternativa: a utilização do corpo para a produção do sagra....................................................................................... 09

Maria  Macedo Barroso

 

Educação Física e Saúde

Educação para a saúde mediante programas de Educação Física Escolar............................................................................................................. 10

Dartagnan Pinto Guedes

 

Educação Física e Saúde.................................................................................................................................................................................................... 15

Aguinaldo Gonçalves  e .Giovani De Lorenzi Pires

 

O Comportamento Lúdico e Contemporaneidade

Play and " Enjoyable Experience": A pedogogical framework .............................................................................................................................. 18

Paul Jonson

 

Procedimentos Lúdicos e Cultura.................................................................................................................................................................................. 22

Carmen Maria Aguiar

 

Esporte, Educação Física e Atividade Física (populações especiais)

Avaliação cinesiológica de baixo custo aplicada à reabitação da locomoção................................................................................................... 28

Antônio Augusto Fasolo Quevedo

 

MESA REDONDA:

Educação Física Escolar: olhares sobre o tempo

A Educação Física Escolar e sua Historicidade: olhares no tempo.................................................................................................................... 36

Carmen Lúcia Soares

 

Educação Física Escolar: seu desenvolvimento, avanços e dificuldaes............................................................................................................ 36

Elenor Kunz

 

Educação Física Escolar: olhares sobre o tempo..................................................................................................................................................... 37

Irene  C. Rangel Betti

 

Atividade Física e Gênero

Imperativos do ser mulher............................................................................................................................................................................................ 40

Silvana Vilodre Goellner

 

A Arte no Contexto da Motricidade

Paisagens em Branco: a dança-teatro e o Butok..................................................................................................................................................... 43

Adilson  Nascimento de Jesus

 

A Arte no Contexto da Motricidade Humana......................................................................................................................................................... 47

Kathya Maria Ayres de Godoy

 

A Arte no contexto da Educação Física.................................................................................................................................................................. 49

Gisele Maria Schwartz

 

Aquisição de habilidades motoras: Do inexperiente ao habilidoso

Aquisição de habilidades motoras: Do inexperiente ao habilidoso............................................................................................................... 53

José Angelo Barela

 

TEMAS LIVRE PREMIADOS

Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo

Influência da aptidão aeróbia sobre o desempenho em uma tarefa anaeróbia láctica intermitente........................................................... 58

Emerson Franchini, Monica Yuri Takito, Fábio Yuzo Nakamura, Marcelo Regazzini,

Karin Ayumi Matsushigue e Maria Augusta P. Dal`Molin Kiss

 

Sociologia. História e Filosofia da Motricidade Humana

Educação Física e a Cultura: uma ontologia das práticas corporais............................................................................................................... 67

Wilson do Carmo Junior

 

PROGRAMAÇÃO DE TRABALHOS................................................................................................................................................................. 72

TEMAS LIVRES.......................................................................................................................................................................................................... 86

PAINÉIS....................................................................................................................................................................................................................... 107

RELATOS DE EXPERIÊNCIAS........................................................................................................................................................................ 120

INDICE REMISSIVO  ........................................................................................................................................................................................... 128

 

EDITORIAL

Prezado(a) Leitor(a)

Com muito prazer dirijo a palavra para saudá-lo(a) em nome do Departamento de Educação Física – IB – UNESP – Câmpus de Rio Claro.

Nós, do Departamento, norteados pelo comprometimento com a qualidade da pesquisa, ensino público e a extensão universitária para a comunidade, orgulhamo-nos por podermos oferecer, pela sétima vez, um espaço privilegiado para a discussão acadêmica e profissional da Educação Física nas suas variadas abordagens. Muitos têm sido os obstáculos a testar a perseverança e competência de docentes, técnicos e alunos envolvidos na organização do presente Congresso e Simpósio e dos anteriores, mas que superados têm proporcionado a recompensa gerada pela comunhão de esforços na concretização de tão nobres objetivos. Deixo aqui gravado o agradecimento a todas as pessoas e instituições que deram sua colaboração para que o I Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e VII Simpósio Paulista de Educação Física se tornasse realidade, em especial à Diretoria do Instituto de Biociências que tem apoiado todas as edições do evento. Aos palestrantes e demais participantes nosso obrigado por terem aceitado os convites e juntado-se a nós por quatro dias, trazendo valiosas contribuições para a Educação Física.

A todos, nossos votos de profícua participação.

Prof. Dr. SEBASTIÃO GOBBI

Chefe do Depto. de Educação Física

 

CORPO CIVILIZADO, CORPO REENCANTADO: O MODERNO E O ALTERNATIVO NAS REPRESENTAÇÕES DO CORPO

Leila Marrach Basto de Albuquerque  TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

RESUMO

O processo civilizador moderno deixou suas marcas no corpo, expressas pelo autocontrole e pela repressão aos impulsos espontâneos, alicerçando uma dualidade hierárquica que dá prioridade ao mental. A modernização, contudo, vem enfrentando, desde os anos 60, os movimentos de contramodernização cujas faces mais evidentes são a contracultura e a cultura alternativa. Essas, com a defesa da espontaneidade e a nostalgia da unidade, da experiência da vida total, foram buscar nas culturas distantes da tradição ocidental moderna a solução para as conseqüências do processo civilizador. Expressando valores como a vida comunitária, a aliança com a natureza e a reconciliação entre o corpo e a mente, a contramodernização pôs em circulação categorias do universo sagrado, numa relação integradora com o corpo, que acabam por reencantá-lo.

 

AS ENCRUZILHADAS DO CORPO TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Paulo Henrique Martins

RESUMO

Nesta exposição, procuramos demonstrar que as novas significações do corpo acompanham o processo de descentramento do sujeito da modernidade. Antes, a imagem do corpo dominante era de um indivíduo do sexo masculino, branco, de músculos salientes que valorizavam as idéias de trabalho e de força. Agora, quando o sujeito se abre à diferença sexual e à distinção cultural, a antiga imagem do corpo é liberada, entrando numa encruzilhada que oferece várias direções. Duas delas merecem destaque. Através da primeira, aprofunda-se o culto de um corpo narcisista, obedecendo aos novos estilos e valores refletidos pela cultura de massa. A ideologia da saúde perfeita que justifica esta imagem narcísica é aperfeiçoada, lembra Lucien Sfez, pelas novas tecnologias. Clonagens, transplantes e modelagens são práticas usuais nesta corrida pela beleza cibernética. Na segunda direção, emerge um corpo intimista, que se funda nas idéias de autoaceitação e autoconhecimento. Aqui, a vivência da reflexividade aparece como uma reação contra a cultura narcisista, que valoriza o individualismo em detrimento da solidariedade coletiva. Neste segundo caso, o da cultura reflexiva, o corpo é compreendido não como uma máquina de manipulação, mas como um ser vivo, como uma metáfora biológica complexa. A expansão desta cultura alternativa tem resultado numa espécie de orientalização do campo terapêutico clássico, através de um diálogo intenso, sobretudo, com a medicina indiana e chinesa. Tentaremos, no possível, ilustrar nossos comentários com informações das entrevistas com os terapeutas fundadores do movimento alternativo em Recife.

 

AS IOGAS COMO CULTURA ALTERNATIVA: a utilização do corpo para a produção do sagra TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Maria Macedo Barroso

RESUMO

Pretendo explorar a origem do caráter "alternativo" das iogas, mostrando de que forma as apropriações de expressões culturais e religiosas do "Oriente" feitas no Ocidente assumiram um caráter contracultural desde os finais do século XVIII. Descreverei brevemente este aspecto "alternativo", sob variadas modalidades, no Romantismo alemão, no Transcendentalismo norte-americano, na Beat Generation e na Contracultura dos anos 60, para finalmente chegar ao sentido da ioga na cena religiosa contemporânea Ocidental, em que ela se destacou pela introdução de disciplinamentos do corpo e da mente para a produção da experiência espiritual. Assim, para compreender a ioga como parte daquilo que se convencionou chamar de "cultura alternativa", hoje, é preciso percebê-la como mais do que uma mera "ginástica", conhecida sobretudo pelos bons resultados que proporciona em termos da postura física e diminuição do stress, e situá-la no quadro mais amplo de uma prática religiosa que aciona o corpo como via de acesso privilegiada para a experiência com o sagrado. É exatamente esta dimensão da corporalidade, da qual não se excluem aspectos psicológicos, que explica, por sua vez, a afinidade das iogas com as propostas presentes em grande parte dos assim chamados "novos movimentos religiosos", para os quais a associação entre as dimensões do físico, do psicológico e do espiritual parecem ser uma marca, em grande parte herdada das religiosidades orientais.

 

 

Educação para a Saúde Mediante Programas de Educação Física Escolar TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

DartagnanPinto Guedes

 

EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Aguinaldo Gonçalves e Giovani De Lorenzi Pires

RESUMO

Partindo-se das evidências disponíveis de que "Não é ativo quem quer, mas quem consegue", são apontadas concepções e práticas que permitam desconstruir equívocos a respeito. Nesse sentido, menciona-se a expansão, durante a presente década, da doença degenerativa articular do joelho, decorrente de "orientações técnicas" prestadas por especialistas na matéria. Tais constatações conduzem a discussão final sobre as contribuições da Ética da Epidemiologia nesse contexto, com vistas a permitir trato mais crítico e cidadão da matéria.

 

PLAY AND 'ENJOYABLE EXPERIENCE' : A PEDAGOGICAL FRAMEWORK TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Paul Jonson

RESUMO

Play is a very important activity – it is creative and exploratory; it is also an activity in which progress can be achieved. These ideas are supported by the theories of Huizinga(1959) and Bateson(1973). In play we enter the `play frame’ which is a psychological frame in which we treat the activities that are occurring as non-serious and therefore we are more at ease in our approach; we tend therefore to be more open minded. If we can organise our teaching such that our students enter the play frame then they will be more likely to consider new ideas and knowledge. Additionally, Csikszentmihalyi(1975) shows that enjoyable experience is achieved by matching skills with challenges and that we remember enjoyable experiences. Hence, if we provide students with the necessary knowledge (skills) and the problem solving exercises (challenges) they will have an enjoyable and memorable experience, and if it occurs within the play frame’ then they will progress in their learning and understanding and look forward to the next such experience of education.

 

PROCEDIMENTOS LÚDICOS E CULTURA TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Carmen Maria Aguiar

RESUMO

O objetivo deste trabalho é refletir sobre o procedimento lúdico presente no processo de transmissão de conhecimentos e de socialização em uma comunidade específica. Em grande parte responsável pela sobrevivência dos membros e manutenção da cultura da comunidade, esse processo já atravessa algumas gerações e tem como âncora os afazeres cotidianos. Permeando esses afazeres, existe uma atitude descontraída, um espaço aberto para diferentes brincadeiras e algazarras, que convivem com as atividades sem prejudicar seus objetivos. O que parece ser sério pode tomar dimensões ‘lúdicas’, como se pudessem se entreter constantemente durante suas atividades diárias. Isto não significa, entretanto, que a ‘postura lúdica’ traduza uma intenção, ou uma estratégia pedagógica dos adultos para transmitir conhecimentos aos mais jovens. As brincadeiras, na verdade, retratam uma forte característica do espírito desse grupo e, desvinculadas ou associadas a seus afazeres, servem de canal privilegiado para importantes ensinamentos, além de amenizar e compartilhar a dureza que acompanha o seu dia-a-dia. Os laços culturais são também reforçados por festejos e danças. É justamente nessa dinâmica das relações sociais que as crianças aprendem papéis, lugares e valores sociais. Aprender o que e quando dizer ou ocultar. Vão aprendendo tanto esquemas de sobrevivência quanto esquemas interpretativos da realidade em que estão inseridos.

 

AVALIAÇÃO CINESIOLÓGICA DE BAIXO CUSTO APLICADA À REABILITAÇÃO

DA LOCOMOÇÃO TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Antônio Augusto Fasolo Quevedo

RESUMO

A decisão sobre as técnicas a serem utilizadas na reabilitação de um indivíduo, bem como a avaliação dos resultados, normalmente são realizadas de forma subjetiva. Fatores não previstos podem produzir desvios em relação aos resultados esperados, que só serão detectados após um longo período de tratamento. Uma análise quantitativa dos movimentos permitiria a rápida detecção dos desvios, reduzindo o tempo necessário para a completa reabilitação. Esta análise, na avaliação inicial do paciente, permitiria um planejamento menos sujeito a falhas. Entretanto, tal análise exige o uso de um laboratório de cinesiologia, de custo elevado e que exige profissionais treinados, o que inviabiliza sua utilização em ambientes clínicos pequenos. O objetivo deste projeto é o desenvolvimento de sistemas de baixo custo e fácil operação que permitam a avaliação quantitativa da condição motora de seu paciente antes e durante o tratamento. As seguintes metas são propostas: 1. Definição de parâmetros quantitativos de movimento que possam ser obtidos a partir de dados coletados de forma simples e barata, significativos, e de fácil interpretação. 2. Desenvolvimento de sensores capazes de coletar os dados acima mencionados, de sistemas de coleta e armazenamento destes dados, e de programas de computador que facilitem a coleta e a análise.

 

A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E SUA HISTORICIDADE: OLHARES NO TEMPO TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Carmen Lúcia Soares

RESUMO

A Educação Física escolar será analisada no quadro das inúmeras "pedagogias" voltadas para a educação do corpo" que foram elaboradas ao longo do século XIX. Para pensá-la em sua singularidade, cabe evidenciar algumas reflexões em torno do corpo, compreendido aqui como registro da cultura, lugar visível das marcas humanas que se revelam e transformam-se na ação. Assim, a Educação Física escolar surge como conjunto de prescrições que incidem sobre o corpo, tornando-o local privilegiado de ação por parte do poder.

 

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: SEU DESENVOLVIMENTO, AVANÇOS E DIFICULDADES TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Elenor Kunz

RESUMO

Se considerarmos que a Educação Física brasileira tem passado, no início dos anos 80, por uma fase de despertar para novas concepções e entendimentos, podemos considerar, também, que a década de 90 tenha se caracterizado pela consolidação ou de implementação de muitas propostas e projetos de direferentes concepções pedagógicas no cenário nacional. Para a elaboração dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) 31 e 41 ciclos, destacou-se neste sentido, as concepções críticas, construtivistas e desenvolvimentistas, além da psicomotricidade e de outras que começam a ganhar destaque como a sistêmica e antropológica-cultural. Não simpatizo muito com todo e qualquer tipo de classificação mas, percebe-se que há uma certa coerência na classificação feita, especialmente se levarmos em consideração aos pressupostos teóricos norteadores das concepções mencionadas. As propostas construtivistas tem, assim, na sua base de conhecimentos as teorias do desenvolvimento cognitivo de Piaget eVigotski. Como esta proposta centraliza-se, principalmente, nas questões da construção do conhecimento do aluno, levando-se em consideração as estruturas cognitivas e o meio histórico-social, pode-se perceber que há um visível respeito à cultura inicial do aluno, aos conhecimentos prévios dos mesmos. Algumas tendências desta proposta vinculam-se com a concepção pedagógica de Paulo Freire, resultando daí interessantes projetos de intervenção pedagógica-educacional. O mais importante nesta proposta talvez seja a percepção que se tem de um enorme campo aberto para novas construções e projetos tanto para a Educação como para a Educação Física. As propostas desenvolvimentistas são apoiadas principalmente por teorias psicológicas de diferentes concepções, psicologia do desenvolvimento, cognitiva, da aprendizagem etc. Sua característica principal é a habilidade de mudar o enfoque central de suas preocupações, ou seja, as relações do desenvolvimento físico, mental, emocional e suas derivações sofrem constantes deslocamentos. Na Educação Física esta proposta deu apoio ao desenvolvimento das abordagens da Aprendizagem Motora, também em amplo desenvolvimento entre nós. As propostas denominadas críticas fundamentam sua concepção em teorias filosóficas, sociológicas, políticas e econômicas de tendência crítica em relação à sociedade, especialmente. Seguiram, inicialmente, os passos das discussões ocorridas nas Ciências da Educação. Atualmente, pode-se considerar, procuram caminho próprio. Interesso-me mais por esta última por Ter um projeto mais amplo, não apenas para a Educação Física isoladamente, mas para o ensino em geral, para a educação, para a escola, enfim para a Sociedade e para o Homem. Os avanços e dificuldades dos projetos de tendência inovadora na Educação Física, que pretendo analisar neste encontro, se referem a esta tendência pedagógica, esperando que a partir dela, e com os demais integrantes da mesa, as outras concepções não apresentadas aqui, neste pequeno resumo, possam ser discutidas.

 

Educação Física escolar: olhares sobre o tempo TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Irene C. Rangel-Betti

RESUMO

Se considerarmos que a Educação Física brasileira tem passado, no início dos anos 80, por uma fase de despertar para novas concepções e entendimentos, podemos considerar, também, que a década de 90 tenha se caracterizado pela consolidação ou de implementação de muitas propostas e projetos de diferentes concepções pedagógicas no cenário nacional.

 

IMPERATIVOS DO SER MULHER TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Silvana Vilodre Goellner

RESUMO

Discutir o tema "Atividades Físicas e Gênero", a partir da ótica dos "Imperativos do ser mulher" tem como objetivo levantar questões acerca naturalização que determinadas representações do corpo feminino assumem na sociedade brasileira. Estas representações são discutidas à luz da intervenção de uma área de conhecimento específica, a Educação Física. Mais especificamente sobre como, através práticas corporais e esportivas, essa área vem desenhando identidades visuais e comportamentais expressas no que, convencionalmente, se designou como imperativo do ser mulher: seja bela, seja mãe e seja feminina.

 

 

PAISAGENS  EM  BRANCO TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Processos de criação: a dança-teatro e o Butoh

Adilson Nascimento

 

A ARTE NO CONTEXTO DA MOTRICIDADE HUMANA TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Kathya Maria Ayres de Godoy

RESUMO

A motricidade é concebida como constituidora do homem. É pela ação motora, pela sua intervenção concreta na natureza e na sociedade que o homem se humaniza. Tal ação provoca o planejamento de outras ações, reestruturando os movimentos humanos. O elemento fundamental na relação dialética entre ação motora e reflexão é signo. Pela mediação do signo o movimento humano assume significado nas relações sociais. Este significado pode expressar-se nas artes como forma de veiculação de idéias presentes na cultura.

 

A ARTE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Gisele Maria Schwartz

RESUMO

O objetivo deste estudo é contribuir para a reflexão sobre a articulação das experiências estéticas e lúdicas no contexto da Educação Física, como elementos essenciais para um desenvolvimento significativo e para um dimensionamento positivo da ação no mundo. Concentramos atenção especial às congruências existentes entre a arte e o jogo, focalizando aspectos relativos à afetividade inerente a ambos os conceitos. A carga afetivo-emocional presente em ambos pode interferir positivamente, desencadeando o processo de mudança axiológica, através da possibilidade de expor os indivíduos à conscientização da inconsistência de suas crenças e valores atuais, bem como, da abertura de espaços onde ocorra o desequilíbrio afetivo-cognitivo, especialmente conseguido através da valorização das interações intra e interpessoais. Auxiliar a ampliar sentidos e valores, é tarefa decisiva e que pode fundamentar a ação diretamente na cultura, de modo a estimular a dialética entre o sentir, pensar e o agir.

 

AQUISIÇÃO DE HABILIDADES MOTORAS: DO INEXPERIENTE AO HABILIDOSO  TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

José Angelo Barela

 

 

TRABALHOS PREMIADOS COMO TEMAS LIVRES PREMIADOS

 

INFLUÊNCIA DA APTIDÃO AERÓBIA SOBRE O DESEMPENHO EM UMA TAREFA

ANAERÓBIA LÁCTICA INTERMITENTE  TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Emerson Franchini, Monica Yuri Takito, Fábio Yuzo Nakamura, Marcelo Regazzini, Karin Ayumi Matsushigue e Maria Augusta Peduti Dal’Molin Kiss

RESUMO

Este trabalho objetivou verificar a influência da potência e da capacidade aeróbias sobre o desempenho em uma tarefa anaeróbia intermitente (4 séries de Wingate para membros superiores com intervalo de 3min entre as séries). Para isso, dois grupos foram formados considerando a aptidão aeróbia dos atletas (judocas): (1) >AA, grupo maior aptidão aeróbia (n= 6; VO2pico = 72,0 ± 2,2 ml/kg/min; Velocidade de limiar anaeróbio (VLAn = 10,9 ± 0,7 km/h); (2) <AA, grupo menor aptidão aeróbia (n = 5; VO2pico = 57,3 ± 4,4ml/kg/min; VLAn = 7,8 ± 0,8 km/h). Os grupos não diferiam entre si quanto a: potência média relativa (PMr), potência de pico relativa (PPr) e tempo para atingir a potência de pico (TPP) na primeira série de Wingate. Os grupos foram comparados quanto à PMr, PPr, TPP, trabalho gerado (nas séries 1-2-3-4; 1-2-3; 2-3-4; 1-2; 3-4), concentração de lactato sangüíneo (antes, 1, 3, 5, 10 e 15min após o teste) e freqüência cardíaca (FCpico, FC1min, MenorFC, FC1min/FCpico e MenorFC/FCpico após cada uma das séries). O grupo >AA realizou mais trabalho (1-2-3-4; 1-2-3 e 2-3-4) e apresentou maior redução da FC (em % do pico) quando comparado ao grupo <AA. Conclui-se que o maior condicionamento aeróbio pode auxiliar no desempenho de exercícios intermitentes anaeróbios.

 

EDUCAÇÃO FÍSICA E A CULTURA: UMA ONTOLOGIA DAS PRÁTICAS CORPORAIS TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

Wilson do Carmo Júnior

RESUMO

A cultura contemporânea incorporou um sentido exclusivo para o conceito de Educação Física. Diante da manifestação humana com as práticas corporais, parece-nos que fazer Educação Física transformou-se em cultura antes mesmo que os praticantes pudessem ter consciência desse fenômeno. Com o discurso sobre a prática de atividades físicas o corpo humano adquire uma forma cultural e vem obedecendo um conjunto de valores e comportamentos que reflete metaforicamente um sentido de sobrevivência. O uso do corpo enquanto atividade cultural atinge o ser humano na sua totalidade. É preciso redescobrir a Educação Física enquanto cultura e a prática enquanto um fundamento legítimo da sua estrutura.

 

TRABALHOS DO

I CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E

VII SIMPÓSIO PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TEXTO COMPLETO / FULL TEXT

 

I CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA E MOTRICIDADE HUMANA

VII SIMPÓSIO PAULISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

"A EDUCAÇÃO FÍSICA NO SÉCULO XX: FACES E FASES"

29 de abril a 2 de maio de 1999

Departamento de Educação Física - IB - UNESP/Rio Claro