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ARTIGOS: Bioterrorismo




Bioterrorismo: uma perspectiva diferente de guerra

Quanto mais se avança nas pesquisas e maior é o progresso científico, mais vantagens e desvantagens surgem ou se intensificam. O bioterrorismo é um exemplo de desvantagem.

Esse tipo de terrorismo é causado por meio da liberação ou disseminação intencional de agentes biológicos tais como toxinas, vírus e bactérias. Esses agentes podem ser utilizados in natura ou modificados pelo homem com diversas finalidades, entre elas: serem mais facilmente dispersos pelo meio ambiente, reforçar a resistência contra os medicamentos já existentes. Eles podem ser dispersos pelo ar, pela água ou através de alimentos, podendo causar doenças não só em seres humanos, mas também em animais e plantas. Os agentes biológicos são difíceis de serem detectados, porque normalmente provocam sintomas depois de horas ou dias.

O bioterrorismo não tem como objetivo apenas a simples morte de seres vivos. Existe um problema político envolvido, visto que toda a população envolvida ficará apavorada, sofrendo uma grande tensão, o que resultará numa falta de confiança nas autoridades, desestabilizando um sistema. Essa é, na maioria das vezes, a intenção dos bioterroristas (e dos terroristas em geral).

Essas poderosas armas biológicas já fizeram muitos estragos. O primeiro relato que se tem de “armas biológicas” são dos homens de Neanderthal, que colocavam fezes de animais na ponta de suas lanças para atacar os inimigos, o que intensificava o poder letal. Existem muitos outros registros de bioterrorismo: um deles foi a contaminação de bufês de salada com Salmonella, por uma seita americana. Outro caso que é, aliás, muito atual e conhecido, ocorreu depois do atentado terrorista de 11 de setembro, quando um pó branco, que eram os esporos de antraz, começou a circular através do correio postal americano.

Com o crescente receio da população mundial, muitos países criaram leis para evitar o bioterrorismo. Os Estados Unidos foram um exemplo disso e criaram a Lei do Bioterrorismo, que determina que empresas façam seu registro junto a FDA (Food and Drug Administration) para comprovar a origem e qualidade de produtos que entram no país.

Falar sobre esse assunto é importante, já que a cada ano que passa aumenta-se o número de pesquisadores, inclusive dos que estão envolvidos em pesquisas que têm a finalidade de desenvolver essas armas. Perceba o dilema: um pesquisador que desenvolve estudos de um determinado vírus, às vezes até potencializando-o, tem responsabilidade se esse vírus vier a ser utilizado como arma biológica? E se esse pesquisador tem conhecimento de que esse estudo será usado em favor do bioterrorismo? Ele terá responsabilidade ou é indiferente?

As respostas são controversas. De um lado alguns riscos que corremos podem ser aceitáveis diante da perspectiva de que, se ocorrer um refreamento nas pesquisas, talvez não se descubram a cura de algumas doenças, resultando em complicações para o homem ou mesmo na falta de um progresso científico. Do outro lado, há a evidente responsabilidade do pesquisador, diante do pensamento de que se houver nas pesquisas uma boa supervisão e ética ao armazenar e alterar vírus, bactérias ou toxinas, se reduz a possibilidade de ocorrer bioterrorismo.

Amanda de Oliveira Barbosa, Flávia Maria Appolinário da Silva, Laís Pereira Alvarez Pedro – 2º ano de Ciências Biológicas







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